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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Identificação: J.P. 75 anos. masculino, aposentado.

Queixa principal: Dor no pescoço.

HMA: ILICIDAS:

Paciente refere que tem dores no pescoço na região posterior ao acordar que passam durante o dia. Ao ser questionado sobre a postura durante o sono ele relata utilizar 4 travesseiros para apoiar sua cabeça. Questionado sobre a necessidade dos travesseiros ele diz precisar deles para ver televisão ou fazer leituras, pois não enxerga direito. Alega nao ter problemas para a leitura proxima ou distante. Não sabe desde quando tem a dificuldade, mas alega nao ter inciado agudamente. Nega outros sintomas.

HMP:
Nega asma, HAS, alergias, cirurgias. DM há 6 anos, não muito fiel a dieta. As vezes esquece-se da medicação. Hemoglobina glicada de 9%.

HMF:
Desconhece doenças familiares.

CHV:
Alimenta-se balanceadamente, evita doces normalmente. Não realiza atividades físicas. Nega fumo, álcool e drogas.

PPS:
Mora com o esposa, uma vidra tranquila.

RS:
Sem queixas.

Exame físico:
BEG, LOTE, corado, hidratado, eupnêico, anictérico.

PA: 120/80, FR: 18 FC: 80 temp: 37ºC SO2: 99%

mucosas coradas, sem adenomegalias. BCRNF, MV+ bilat sim SRA.
Abdome inocente.
Membros sem alterações.

Acantose nigricans em dorso do pescoço.

Ao avaliar a visão encontrou-se:
pupilas isofoto, musculatura adequadamente responsiva, sem nistagmo ao estresse de lateralização(como se testa o nistagmo, sempre forçando as laterais), perda de campo visual periférico importante em ambos os olhos.

Como se difere esta perda visual da perda visual do caso anterior?
Qual a relação com DM neste caso?
Qual o diagnóstico?
Como prevenir e tratar?

Um comentário:

  1. RESPOSTA:

    Como se difere esta perda visual da perda visual do caso anterior?
    O anterior era uma hemorragia, ocorre perda visual de regiões acometidas bruscamente. neste caso ocorre perda visual periférica progressiva até o centro e a amaurose.

    Qual a relação com DM neste caso?
    tanto o caso anterior quanto este caso tem maior incidencia em diabéticos.

    Qual o diagnóstico?
    glaucoma de angulo aberto. ele é a segunda maior causa de cegueira, perdendo apenas para catarata. 90% dos glaucomas sao abertos e 10% fechados. o fechado é muito mais facilmente identificado, pois é uma emergencia oftalmológica de clínica exuberante. muita dor, pupila nao fotoreagente, mediofixa, hiperemia conjuntival não homogenea, lacrimejamento.

    é a maior causa de cegueira de dificil diagnóstico, portanto deve ser pesquisada em todo paciente acima de 50 anos para diagnóstico precoce!!!

    pode existir o glaucoma de pressão normal (estatisticamente normal) em 1/3 dos casos.

    Como prevenir e tratar?
    apesar da existencia dos casos de pressao normal questionar a fisiopatologia o tratamento atual é baseado na diminuição da pressão via farmacos. existem diversos farmacos e eu nao estou familiarizado com a diretriz, portanto prefiro nao cita-los.
    é importante lembrar que o risco de queda destes pacientes aumenta, portanto medidas devem ser tomadas para proteção como oculos, barras de apoio em banheiro e corredores, retirada de tapetes que funcionam como degraus traiçoeiros, luz automatica por presença que evita que o idoso caminhe no escuro e outras. fisioterapeutas sao os profissionais indicados para melhorar os outros sentidos de equilibrio destes idosos.

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