PROPEDÊUTICA I: PELE
CASO CLÍNICO:
Você está numa cidade interiorana distante:
Identificação: A.T 21
anos, feminino, caucasiana, natural e residente de Jupatinanga do Sul (Pará).
Queixa principal: “Parto”
HMA: ILICIDAS:
Queixa principal: “Parto”
HMA: ILICIDAS:
Paciente refere que sua bolsa estourou há 8 horas e vem
tendo fortes contrações desde então. Veio ao pronto socorro ter o filho. Alega
não ter feito pré-natal não tendo nenhum tipo de exame.
Ao despir a paciente para fazer o toque vaginal na intenção
de verificar a dilatação do colo e a descida da apresentação fetal percebe-se
que o ventre materno é repleto de erupções de pele não palpáveis (manchas)
presentes há 1 mês. As manchas estão presentes por tronco e membros inclusive e
palmas das mãos, bilateralmente.
HMP: DOIDAMT:
Nega hipertensão, asma, alergias e DM. Nega internações, cirurgias e transfusões.
HMF:
Pai falecido de IAM aos 80 anos.
CHV: MAFATES:
Mora em uma casa de madeira. Nega uso de álcool. Nega uso de tóxicos. Nega cigarro. Tem 2 parceiros sexuais por mês, as vezes não usa camisinha.
PPS: FRETSPI:
Situação familiar, financeira e emocional estável.
RS:
Não declara novas queixas.
Nega hipertensão, asma, alergias e DM. Nega internações, cirurgias e transfusões.
HMF:
Pai falecido de IAM aos 80 anos.
CHV: MAFATES:
Mora em uma casa de madeira. Nega uso de álcool. Nega uso de tóxicos. Nega cigarro. Tem 2 parceiros sexuais por mês, as vezes não usa camisinha.
PPS: FRETSPI:
Situação familiar, financeira e emocional estável.
RS:
Não declara novas queixas.
Evolução:
Após o parto a criança nasceu com evidentes mal formações.
Qual o diagnóstico da doença?
Qual estágio da doença está a mãe e qual estágio está o
filho?
Quais seriam os exames de triagem e confirmatórios para esta
doença? Como interpreta-se os exames juntos?
Suponha que você desconhece o estágio em que se encontra uma
paciente com esta doença. Qual o tratamento que deve ser ministrado?
RESPOSTA:
ResponderExcluirSífilis
Sífilis secundária e sífilis congênita ou neonatal.
VDRL e FTA-Abs. O FTA é uma imunofluorescencia para treponemas. É positiva por toda a vida do indivíduo, mesmo após a cura.
O VDRL é um exame sensível porem pouquíssimo específico, ocorre reação cruzada com uma enorme variedade de antígenos. Para auxiliar nesse mar é considerado positivo apenas o exame com titulação 1/8 ou maior. O que significada que mesmo diluído na oitava parte ele continua sendo positivo. Para acompanhar a cura deve-se usar o VDRL que tende a diminuir o título em que é detectável até valores de ¼ ou menos.
Na prática a sífilis é sempre tratada com a dose de 2,4milhões de UI de penicilina benzatina por semana durante 3 semanas. Sendo 1,2m em cada nádega usualmente. Se o paciente perder algum dia o tratamento deve ser recomeçado. O parceiro sexual deve ser também tratado.
Não é garantia que o feto vá infectar-se. Na verdade é uma razoável minoria infeliz. O tratamento precoce durante a gestação minimiza os riscos de os treponemas conseguirem alcançar a placenta e o concepto. A sífilis é a infecção neonatal mais comum e de mais fácil manejo. É imperdoável que não seja triada no pré-natal! Lembre das TORCHES infecções de transmissão vertical: Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes, Epatites (é, faltou o H) e sífilis. O “O” vem de outras para que lembremos do HIV.
Normalmente encontramos a sigla TORCH apenas, a adição do ES é didática.