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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

PROPEDEUTICA I: CABEÇA E PESCOÇO

CASO CLINICO

ID: J.V.L. 23 anos, caucasiano, estudante, solteiro.

QP: "gripe do fim dos tempos"

HMA: coriza, tosse e constipação nasal com início há 10 dias. há 2 dias iniciou febre não aferida e mal estar geral. relata tambem aumento da coriza há 2 dias. Nega sintomas gastrointestinais e urinarios. nega hipoacusia, nega otalgia, nega outros sintomas.
relata cefaléia diaria na ultima semana desencadeada por preocupações com subordinados.

HMP: nega asma, rinite, HAS, DM, alergias, doenças, internações, transfusões. Relata cefaleia ocasional por preocupação.

HMF: sem queixas relevantes.

CHV: nega tabagismo. etilismo social. vida cheia de responsabilidades.

EXF: Temp 38,4, SO2 99%, FR 14, FC 80 PA: 120/80
BEG, LOTE, eupnêico, febril, anictérico, hidratado.

mucosas palpebrais coradas, linfonodos nao palpaveis.
MV+ bilat sim SRA, BCRNF SS
abdome flacido indolor
membros sem edema

Qual o diagnostico sindromico?
Qual o diagnostico provavel e seus criterios percebidos no caso?
Usa ou nao antibiotico? qual? porque a escolha?

Um comentário:

  1. RESPOSTAS:
    Qual o diagnostico sindromico?

    IVAS

    Qual o diagnostico provavel e seus criterios percebidos no caso?

    sinusite. esta pode ser bacteriana ou nao.
    os criterios existentes foram todos percebidos: febre alta, coriza que transforma-se em rinorreia, mais de 7 dias de duração.

    nao sao todos necessarios para o diagnostico de maneira que uma sinusite pode ficar clara com menos de 1 semana. esse criterio dos 7 dias existe pois muitas vezes a sinusite ocorre sobre uma gripe previa.
    a febre alta nao significa necessariamente bacteria e nem é criterio de gravidade isolado. na verdade toda febre deve ser entendida como liberação de mediadores inflamatorios em area de rica vascularização. gripes podem fazer febre alta e infecções bacterianas de sitios pouco vascularizados nao fazer febre relevante.

    Usa ou nao antibiotico? qual? porque a escolha?

    considerando os patogenos de IVAS citados no caso anterior (moraxella, haemophilus e pneumococo) devemos utilizar amoxacilina com clavulonato ja que a moraxella é resistente.

    ninguem morre de sinusite e muitas vezes o antibiotico nao diminui significativos dias de doença. ele é usado para evitar agravamentos assim como na amigdalite. seria pessimo que uma sinusite banal transformase-se em uma mastoidite e em seguida numa meningite. correto?

    ainda assim tenham em mente que com todos esses criterios apenas 50% das sinusites sao de fato bacterianas o que é uma probabilidade bem maior do que a probabilidade das amigdalites serem bacterianas

    obs: percebam que eu nao coloquei palpação de seios paranasais no caso. isso foi uma falha minha, mas eu mantive assim para demonstrar que nao é sempre que ocorre. tambem nao precisa de raio X. na pratica a sinusite acaba sendo identificada como aquela IVAS que nao parece nada devido a associação sintomatica pouco clara. quando ficar "estranho" e der duvida lembrem-se da sinusite

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