PROPEDEUTICA I: CABEÇA E PESCOÇO
CASO CLINICO
ID: J.V.L. 23 anos, caucasiano, estudante, solteiro.
QP: "gripe do fim dos tempos"
HMA: coriza, tosse e constipação nasal com início há 10 dias. há 2 dias iniciou febre não aferida e mal estar geral. relata tambem aumento da coriza há 2 dias. Nega sintomas gastrointestinais e urinarios. nega hipoacusia, nega otalgia, nega outros sintomas.
relata cefaléia diaria na ultima semana desencadeada por preocupações com subordinados.
HMP: nega asma, rinite, HAS, DM, alergias, doenças, internações, transfusões. Relata cefaleia ocasional por preocupação.
HMF: sem queixas relevantes.
CHV: nega tabagismo. etilismo social. vida cheia de responsabilidades.
EXF: Temp 38,4, SO2 99%, FR 14, FC 80 PA: 120/80
BEG, LOTE, eupnêico, febril, anictérico, hidratado.
mucosas palpebrais coradas, linfonodos nao palpaveis.
MV+ bilat sim SRA, BCRNF SS
abdome flacido indolor
membros sem edema
Qual o diagnostico sindromico?
Qual o diagnostico provavel e seus criterios percebidos no caso?
Usa ou nao antibiotico? qual? porque a escolha?
Novo Modelo
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Monitores 2013.2
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
CURIOSIDADE
CASO CLÍNICO - SEMIOLOGIA II
Exames complementares:
É vedado ao
médico:
Art. 80.
Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique,
que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade.
Art. 81. Atestar
como forma de obter vantagens.
Art. 82.
Usar formulários de instituições públicas para prescrever ou atestar fatos
verificados na clínica privada.
Art. 83.
Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha
prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como
plantonista, médico substituto ou em caso de necropsia e verificação
médico-legal.
Art. 84.
Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto
quando houver indícios de morte violenta.
Art. 85.
Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas
ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade.
Art. 86.
Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a seu representante legal quando
aquele for encaminhado ou transferido para continuação do tratamento ou em caso
de solicitação de alta.
Art. 87.
Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente.
§ 1º O
prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso,
sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora,
assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina.
§ 2º O
prontuário estará sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o
paciente.
Art. 88.
Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia
quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua
compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a
terceiros.
Art. 89.
Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por
escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria
defesa.
§ 1º Quando
requisitado judicialmente o prontuário será disponibilizado ao perito médico
nomeado pelo juiz.
§ 2º Quando
o prontuário for apresentado em sua própria defesa, o médico deverá solicitar
que seja observado o sigilo profissional.
Art. 90.
Deixar de fornecer cópia do prontuário médico de seu paciente quando de sua
requisição pelos Conselhos Regionais de Medicina.
Art. 91.
Deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado
pelo paciente ou por seu representante legal.
Referência:
http://www.portalmedico.org.br/novocodigo/integra_13.asp
Anamnese:
Identificação: JS; 52
anos; Masculino; Caucasiano; Católico; administrador; casado; natural de Curitiba-PR;
reside em Bigorrilho – Curitiba; Referência: o próprio paciente.
Queixa Principal: “Peso nas
pernas”.
História da Moléstia Atual: Paciente
refere ter iniciado há dois dias com paresia simétrica em membro inferior
acompanhada de parestesia, dor muscular do tipo queimação e tontura quando se
levanta da cama. A paresia iniciou nas pernas, mas agora diz que sente
dificuldade em sorrir e segurar objetos. Nega febre, náusea, vômito, emagrecimento, cefaléia,
incontinência de esfincteres ou outros sintomas associados. Refere
que há duas semanas apresentou infecção de via aérea superior. Não realizou
viagens recentemente.
História Mórbida Pregressa: Nega
doenças da infância, comorbidades atuais, cirurgias/internamentos anteriores,
alergias e uso de medicamentos regularmente.
História Mórbida Familiar: mãe com
hipotireoidismo e irmã com artrite reumatóide.
Condições e Hábitos de Vida: Reside em
casa de alvenaria, com luz, esgoto e água encanada, sem animais
peridomiciliares. Possui alimentação com horário regular e balanceada. Nega
tabagismo e etilismo.
Perfil Psicosocial: Mora com a
esposa. Costuma praticar natação, mas interrompeu as atividades desde que
perdeu a força nas pernas. Está preocupado em não conseguir mais andar.
Revisão de Sistemas: Não há
outras queixas.
Exame
físico:
Geral: paciente em
mau estado geral (MEG), corado, hidratado, anictérico, LOTE. Glasgow: 15.
Pupilas iso/foto.
PA: 130X90
(deitado)/110x70 (em pé); Pulso: 120;
FR: 16; T: 36,2ºC.
Cabeça e pescoço: mucosas
úmidas e coradas. Sem linfonodomegalia. Jugulares não ingurgitadas.
Aparelho respiratório: respiração
regular, mv + bilateralmente, som claro atimpânico a percussão, expansibilidade
e FTV normais. Sem ruidos adventícios.
Aparelho cardiovascular: taquicárdico,
bulhas cardíacas rítmicas e normofonéticas, sem sopros.
Abdome: plano, RHA
presentes, flácido, timpânico a percussão, indolor a palpação, ausência de
massas palpáveis. Hepatimetria normal.
Membros: sem edema,
pulsos presentes, perfusão normal.
Pele: ausência
de exantema ou lesões petequiais.
Neurológico: alteração de VII par craniano. Sem sinais de irritação meningea. Redução da sensibilidade vibratória e cinético-postural.
Sensibilidade tatil-dolorosa preservada. Força
muscular grau 3 em ambos os membros inferiores e grau 4 em membros superiores.
Coordenação e equilíbrio preservados. Reflexos tendinosos profundos bicipital e
tricipital com hiporreflexia (+), patelar e aquileu com arreflexia.
Exames complementares:
Hemograma: sem alterações.
Eletrólitos: normais.
Análise do Liquido cerebroespinhal:
Elevação do nível de proteína (500mg/dL)
Contagem de células <10 MMN/mm3
Eletrodiagnóstico:
Bloqueio de condução
Perguntas:
1. Quais são os diagnósticos diferenciais e a principal hipóstese
diagnóstica diante deste quadro clínico? Justifique.
2. Qual o prognóstico desta doença?
Respostas:
Respostas:
1. Diante de uma paralisia rapidamente progressiva, com arreflexia,
ausência de febre ou outros sintomas sistêmicos, com eventos antecedente típico
(infecção há 2 semanas), podemos pensar em Síndrome
de Guillain-Barré. Mas devemos lembrar dos seguintes diagnósticos diferenciais:
a.
Mielopatia agudas (dor no
dorso prolongada e alteração esfincteriana)
b.
Difteria (disturbios
orofaringeos precoces)
c.
Polirradiculite de Lyme
(transmitidas por carraptos)
d.
Porfiria (dor abdominal,
crises epilépticas, psicose)
e.
Neuropatia vasculítica (VHS
alterado)
f.
Poliomielite (febre e
meningismo)
g.
Vírus do Nilo ocidental
h.
Polirradiculite por CMV
(imunocomprometidos)
i.
Distúrbios de junção
neuromuscular (miastenia gravis e botulismo. Perda precoce da reatividade
pupilar).
j.
Intoxicações por organofosforados
(tálio ou arsenico)
k.
Intoxicação por moluscos
paralíticos
l.
Hipofosfatemia grave (rara)
2. Aproximadamente 85% dos pacientes com síndrome de Guillain-Barré tem uma
recuperação funcional completa dentro de vários meses a 1 ano. Alguns achados
de exame como arreflexia podem persistir por mais tempo, bem como sintomas como
fadiga. A taxa de mortalidade é <5%. Quando ocorre, geralmente está
associada a eventos pulmonares. Alguns fatores contribuem para um pior
prognóstico: idade avançada, demora do tratamento, envolvimento axonal motor ou
sensorial proximal grave. Em 5 a 10% dos casos pode haver recidivas tardias,
evoluindo para uma polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica.
Diagnóstico:
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
A síndrome de
Guillains-Barré (SGB) é uma poliradiculopatia aguda de etiologia auto-imune. É
mais comum em adultos, homens, entre 50 e 80 anos, pacientes com linfoma, HIV
ou LES.
Em cerca de 70% dos casos de
SGB ocorre de 1 a 3 semanas após processo infeccioso agudo, em geral
respiratório ou gastrintestinal. Os eventos são precedidos por infecções por Campylobacter jejuni, citomegalovírus,
herpesvírus humano, Epstein-Barr vírus, Mycoplasma pneumoniae.
Há vários subtipos desta
doença, sendo o mais comum a polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda
(PDIA). Na fisiopatogenia, há uma resposta imunológica aos antígenos de
infecções ou presente em vacinas, que se dirigem erroneamente ao tecido nervoso
do individuo por mecanismo de semelhança de epitopos. Há um bloqueio da
condução nervosa devido a desmielinização e da origem a uma paralisia flácida.
Manifesta-se como uma
paralisia motora arreflexa de evolução rápida com ou sem alteração sensorial.
Geralmente tem um padrão ascendente, acometendo primeiramente os membros
inferiores. Surge uma paresia em horas ou dias, acompanhada por disestesias e
parestesias, acometendo mais pernas do que os braços. Pode haver dor muscular
no membro acometido. Há diparesia facial, fraqueza bulbar, dificuldade no
manejo de secreções e manutenção da via respiratória (diagnostico diferencial
com isquemia de tronco encefálico). Também pode apresentar, nos estágios
iniciais, dor no pescoço, nos ombros, dorso ou difusamente na coluna vertebral.
Os reflexos tendíneos profundos estão diminuídos ou ausentes e a propriocepção
também é alterada. Pode haver envolvimento autônomo e manifestar-se com
flutuação da pressão arterial, hipotensão postural e arritmias cardíacas.
Referências:
HARRISON, Tinsley
Randolph; FAUCI, Anthony S. Harrison manual de medicina. 17.
ed. Porto Alegre: AMGH Ed., 2011.
Dâmia Kuster Kaminski Arida
DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO
ANAMNESE:
ID.: F.O., 35 anos, sexo
masculino, caucasiano, casado, dois filhos, católico, residente em Campo Largo.
Q.P.: “formigamento e perda de
força muscular das mãos e pés”.
História Mórbida Atual:
Paciente relata que no início
de outubro de 2013 iniciou com parestesia e paresia simétricas em mãos e
antebraços, alega que cerca de dois dias depois os mesmos sintomas começaram a
surgir simetricamente também nos membros inferiores.
Nesse mesmo período, paciente
relata cefaleia holocraniana pulsátil seguida de diplopia, também refere ter
passado por sintomas como disfagia, náusea e sensação de desmaio (SIC). Alega
ter aferido a PA neste período, constatando que a mesma se encontrava em
170x110 mmHg.
Nega febre nesse período, nega
sinais cutâneos, refere profissão de sapateiro havendo manipulação de algumas
substâncias tóxicas.
História Mórbida Pregressa:
Paciente afirma ter passado por
uma intoxicação alimentar (SIC) há cerca de 1 semana antes dos sintomas, com
episódios de diarreia e febre.
Nega DM, HAS ou
tireoideopatias, refere transtorno de ansiedade, faz uso de fluoxetina 10 mg 1x
ao dia. Nega doenças infectocontagiosas, internamentos anteriores e transfusão
sanguínea.
História Mórbida Familiar:
Relata que sua mãe faleceu por
complicações do DM tipo I aos 33 anos. Afirma que possui 1 irmão com DM tipo I e
pai com HAS.
Nega problemas de origem
neurológica na família.
Condições e Hábitos de Vida:
Paciente é sapateiro, nega
tabagismo (porém convive com pessoas fumantes), nega alcoolismo. Mora em zona
rural, nega trabalho com defensivo agrícola.
Perfil Psicossocial:
NDN.
Revisão de Sistemas:
Após internamento refere dor em
região lombar não irradiada.
Outros Problemas Atuais:
NDN
EXAME FÍSICO
Dados Vitais:
PA: 120 x 80mmHg; T: 36,6°C;
Pulso: 74 bpm; FR: 14 mrpm.
Geral:
Paciente encontra-se vigil,
BEG, LOTE, escleróticas anictéricas e acianótica. Peso: 78 Kg, Altura: 1,75m,
IMC: 25,4 Kg/m².
Cabeça e pescoço:
Pupilas isocóricas e
fotorreagentes, linfonodos palpáveis em cadeias submandibulares direita e
esquerda, pequenos, móveis e indolores, tireóide sem crepitação, jugulares não
visíveis, à oroscopia sem hiperemia de faringe ou amigdalas, nenhuma alteração
encontrada.
Tórax:
Inspeção: eupneico.
Palpação: expansibilidade
torácica normal, FTV normal e simétrico.
Percussão: som claro pulmonar
atimpânico bilateral e simétrico.
Ausculta: MV normal e simétrico
bilateralmente, ausência de ruídos adventícios.
Cardiovascular:
Inspeção e Palpação: NDN.
Ausculta: bulhas cardíacas
rítmicas normofonéticas e sem sopros.
Vascular periférico:
Sem presença de equimose ou
edema. Pulsos periféricos equivalentes e normais ++/++++.
Abdome:
Inspeção:NDN.
Ausculta: RHA normais.
Percussão: timpanismo a
percussão, espaço de Traube livre. Submacicez hepática de 8 cm em linha
hemiclavicular direita e 4 cm em LME.
Palpação: abdome flácido,
globoso e indolor à palpação superficial e profunda, Murphy -, Blumberg -,
Rovising -, Giordano -.
Neurológico:
Funções Mentais:
Orientado em tempo e espaço,
aparenta boa memória, função cognitiva intacta e fala monocórdica.
Pupilas:
Pupilas isocóricas e
fotorreagentes, reflexo fotomotor direto e consensual funcionais.
Nervos Cranianos
N. I (olfatório)
Euosmia
N. II (oftálmico)
Testes de inatenção e
confrontação de campo visual satisfatórios.
N. III, IV e VI
Musculatura extrínseca dos
olhos satisfatória.
N. V (trigêmio)
Apresenta sensibilidade nos
ramos V1, V2 e V3.
Ramo mandibular com
funcionalidade motora dos músculos da mastigação.
Reflexo córneo satisfatório.
N. VII (facial)
Musculatura da mímica facial
preservada.
N. VIII (vestíbulo-coclear)
Função auditiva aparentemente preservada.
Weber, Rinne e Manobra de Dix-Hallpike não foram realizados.
Função auditiva aparentemente preservada.
Weber, Rinne e Manobra de Dix-Hallpike não foram realizados.
N IX e X (glossofaríngeo e
vago)
Reflexo de vômito +, Sinal da
Cortina -.
Sem alteração de voz.
Sem alteração de voz.
N XI (acessório)
Força contra resistências do
Trapézio e ECM normais.
N XII (hipoglosso)
Língua funcional e sem desvios
FORÇA:
Deltoide : Direito 5/5 Esquerdo 5/5.
Bíceps: Direito: 5/5 Esquerdo 5/5.
Tríceps: Direito 5/5 Esquerdo 5/5.
Apreensão palmar : Direito 4/5 Esquerdo 4/5.
Bíceps: Direito: 5/5 Esquerdo 5/5.
Tríceps: Direito 5/5 Esquerdo 5/5.
Apreensão palmar : Direito 4/5 Esquerdo 4/5.
Íliopsoas: Direito 5/5 Esquerdo 5/5.
Bíceps femoral: Direito 5/5 Esquerdo 5/5.
Tibial Anterior: Direito 4/5 Esquerdo 4/5.
Gastroecnêmios: Direito 4/5 Esquerdo 4/5.
Flexores da perna: Direito 4/5 Esquerdo 4/5.
Bíceps femoral: Direito 5/5 Esquerdo 5/5.
Tibial Anterior: Direito 4/5 Esquerdo 4/5.
Gastroecnêmios: Direito 4/5 Esquerdo 4/5.
Flexores da perna: Direito 4/5 Esquerdo 4/5.
Reflexos:
Bicipital: +/++++
direita e esquerda,
Triciptal: ++/++++ direita e esquerda,
Estilo Radial: +/++++ direita e esquerda,
Patelar: ++/++++ direita e esquerda,
Aquileu: +/++++, direita e esquerda.
Reflexo glabelar + .
Cutâneo plantar em flexão plantar.
Tato epicrítico preservado em
MMSS e MMII, palestesia preservada em MMSS e MMII. Sensibilidade
dolorosa preservada em MMSS e MMII.
Cerebelo:
Diadococinesia preservada, dismetria
-, Stuart Holmes -.
Marcha:
Sem alterações da marcha. (relata marcha escarvante
bilateral no auge dos sintomas).
EXAMES COMPLEMENTARES:
Hemograma, eletrólitos, tsh/t4,
função hepática, função renal, fator reumatóide, líquor ... nenhum achado relevante.
ELETRONEUROMIOGRAFIA: estado
neurofisiológico dos MMSS e MMII de aspecto anormal, com padrão de
polineuropatia sensitivo motora, com acometimento proximal e distal e com
caracteres axonais e de desmielinização.
Estes dados podem ser visualizados nas polirradiculoneurites inflamatórias e devem ser correlacionadas com o quadro clínico do paciente.
Estes dados podem ser visualizados nas polirradiculoneurites inflamatórias e devem ser correlacionadas com o quadro clínico do paciente.
QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
MAIS PROVÁVEL?
QUAL A RELAÇÃO COM O QUADRO
GASTROINTESTINAL?
QUAIS OS ACHADOS QUE NÃO
CONDIZEM COM A PRINCIPAL HIPÓTESE?
CITE OUTRAS POSSÍVEIS CAUSAS DO
QUADRO CLÍNICO.
Polineuropatia Desmielinizante
Inflamatória Aguda - Síndrome de Guillain-Barré:
Quadro agudo (<4 semanas) de
tetraparesia flácida ascendente, habitualmente com arreflexia distal e/ou
hiporreflexia proximal, com inflamação das raízes e nervos periféricos de
natureza inflamatória/autoimune. Precedida algumas vezes por quadros virais,
vacinação ou, classicamente, por diarreia causada por Campylobacter jejuni. Há
um mimetismo molecular entre moléculas da parede da C. jejuni e as proteínas
que formam a mielina.
Não condizem com o diagnóstico:
Hiporreflexia distal (com
alguns reflexos proximais normais).
Parestesia exacerbada.
Ausência de dissociação
albumino-citológica.
Início em MMSS.
Exames Complementares:
LCR: dissociação
albumino-citológica (aumento da proteinorraquia com celularidade normal) – pode
não estar presente na primeira semana.
Estudos Eletroneurofisiológicos
- ENMG: apontam lentificação da velocidade de condução nervosa. Determina o
tipo (axonal ou desmielinizante) e ajuda no prognóstico (pior prognóstico para
os quadros axonais).
Diagnósticos diferenciais:
Polirradiculoneurite
Desmielinizante Inflamatória Cronica.
Síndrome de Miller-Fisher
(oftalmoplegia, ataxia e arreflexia- variante da SGB).
Doenças da medula espinhal:
mielite transversa, mielopatia aguda.
Doenças da transmição
neuromuscular: miastenia gravis, botulismo.
Mielopatias: polimiosite.
Neuropatias vasculíticas: LES,
poliarterite nodosa.
Porfiria aguda intermitente.
Doenças infecciosas: neuropatia
diftérica, doença de lyme, HIV.
Toxinas: solventes,
organofosforados, metais pesados.
Alterações metabólicas:
hipermagnesemia, hipofosfatemia, hipocalemia.
CURIOSIDADE:
Cola de sapateiro – benzina que
possui: n-hexano e tolueno.
Absorção: Sistema respiratório
e Pele.
Acumulação: Tecido adiposo.
Exposição a altas
concentrações:
Neuropatia sensitivo-motora, especialmente
em membros inferiores.
Período de latência – 3 meses.
Após este prazo a neuropatia
instala muito rapidamente, em questão de dias.
Diminuição da força nas
extremidades dos membros inferiores.
Anestesia em bota.
Paralisia com o pé caído.
10% sofrem formas clínicas de
neuropatia.
90% dos expostos não tem
efeitos ou forma sub-clínica muito leve e incaracterística.
Eletroneuromiografia:
Diminuição de velocidade de condução.
Tratamento: Há evolução para
cura após 18 a 24 meses de afastamento do trabalho.
Fisioterapia garante
recuperação total.
SERIA O DIAGNÓSTICO MAIS
PROVÁVEL?
ATENÇÃO ÀS DOENÇAS
OCUPACIONAIS!
João Elias Ferreira Braga.
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